terça-feira, 21 de fevereiro de 2006

Geração dos ‘mil-euristas’

O Estado-Providência é, na verdade, já um mito para muitos milhões de pessoas. Existe ainda e cumpre cabalmente a sua função junto das gerações mais velhas, assegurando por enquanto as pensões, a assistência médica ou os subsídios de desemprego.
Mas para os jovens, que estão no mercado de trabalho, por vezes há bastante mais do que uma década, o emprego certo e seguro não passa de um sonho irrealizável.
A geração dos 'mil-euristas' é composta por milhões de licenciados, que sabe línguas estrangeiras, possui mestrados, doutoramentos, estágios de formação e que não ganha mais de mil euros. Aliás, muitos dos estágios não são remunerados e os empregos são temporários e mal pagos tendo em conta a sua formação superior.
Além disto, o 'mil-eurista' gasta mais de um terço do salário no aluguer, não põe dinheiro de parte, não é proprietário, não tem carro nem filhos e vive um dia de cada vez...
São pessoas cujo presente instável só pode assegurar-lhes um futuro ainda mais incerto.

Actualmente, o que pesa mais na balança? Um emprego seguro que dá um bom rendimento mas que não satisfaz profissionalmente ou um emprego precário que, por muito aliciante que seja o trabalho desenvolvido, não proporciona nenhum tipo de estabilidade e de retorno financeiro?

terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

Dia de São Valentim

Para quem namora, o dia dos namorados é comemorado todos os dias e a todo o instante em que estamos juntos ou a pensar um no outro.
Para quem não namora, este dia é deprimente e martirizante.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2006

Luta anti-spam

A luta anti-spam poderá levar ao pagamento de uma taxa pelos remetentes de mensagens electrónicas, para garantir o seu envio directo para um destinatário sem passar por filtros de segurança. Contudo, além de pagar pelo envio de cada e-mail, aqueles que contratarem o serviço terão de provar que os destinatários concordam em receber as suas mensagens. Assim, o serviço não poderá ser contratado por spammers que queiram burlar os filtros de segurança.

Com a criação deste “selo de e-mail”, espera-se a redução substancial da prática de spam, que, por serem enviados aos milhões, ficaria economicamente desinteressante. Além disso, como o remetente é claramente identificado, também devem ser reduzidos golpes virtuais, como phishing scam (roubo de dados pessoais).

Mas atenção que isto não levará ao pagamento de todos os e-mails enviados, uma vez que este plano é opcional. Assim, quem não quiser contratar aquela prática poderá ficar descansado pois, por enquanto, poderá continuar a enviar mensagens normalmente.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

No comments

O jornal dinamarquês “Jyllands-Posten” publicou a 30 de Setembro 12 caricaturas do profeta Maomé, incluindo uma em que é representado com um turbante em forma de bomba, e que foram reproduzidos no último dia 10 por uma revista norueguesa, gerando uma onda de protestos dos muçulmanos.

Como ainda não tinha visto sequer um dos cartoons da polémica fui pesquisar para saber a razão de tanto alarido.
Após muita procura lá consegui aceder às famosas caricaturas.


A reprodução das caricaturas, intituladas "Os Rostos de Maomé", por parte de vários media ocidentais, intensificou as manifestações de repúdio, que se tornaram agora mais violentas, com ataques a representações ocidentais em vários países árabes e ameaças aos interesses dos países europeus onde foram publicados os desenhos.

Dias depois, face à polémica criada, o cartonista do Jornal Expresso põe em contraste a ira que desencadeou entre os muçulmanos as caricaturas de Maomé, e a indiferença como os mesmos encaram as matanças e os atentados à bomba praticados por grupos fundamentalistas.

A resposta árabe, para além das manifestações violentas, não se rege pelo princípio “não faças ao outro o que não queres que te façam a ti”.
É mais do tipo “olho por olho, dente por dente”.

A organização Liga Árabe Europeia reagiu às caricaturas do profeta Maomé com a publicação, via Internet, de desenhos anti-semitas, que, considera o movimento, «romperá com muitos tabus na Europa».
Entretanto, o mais importante jornal iraniano lançou um concurso de caricaturas sobre o holocausto. Segundo um responsável do jornal, “este será um concurso internacional de desenhos sobre o holocausto”.

Assim é o nosso mundo...

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006

Pegar ou Largar II – O Regresso

Ontem voltei a participar no novo concurso da sic.
Uma vez que já tinha a experiência da gravação anterior, desta vez fui mais descontraído.
Em vez de jantar antes como da vez anterior optei por um lanche.
No entanto cometi a loucura de ir de carro àquela hora do campo pequeno para o campo grande. Resultado: stress desnecessário e algumas infracções ao código da estrada.
Desta vez, chegados aos estúdios da Valentim de Carvalho a fome já começava a apertar e, além do kit com a sande mista, o bolo de arroz, o sumo de ananás e a garrafa de água, cometi a loucura de entrar na fila da sopa. Parecia a fila para a sopa dos pobres! Mas valeu a pena porque o caldo verde estava saboroso.
Lá na tenda deparei-me várias vezes com caras conhecidas da última vez. Pena é ter começado a pingar lá dentro, mas felizmente depressa saímos da tenda para o estúdio.
Desta vez calhou-me o sector 1 da bancada vermelha. Fiquei mesmo de frente para as meninas das malas, pensei.
Novamente, tácticas foram discutidas entre o sector para numa primeira fase enganar a bancada azul e, na segunda fase, os sectores 2 e 3.
A táctica era perfeita, pensei.
Na primeira fase iniciámos com o pé esquerdo mas depressa passámos para a frente.
Na segunda fase, nada nos parecia conseguir fazer parar até à final mas um erro fatal, fruto da má interpretação de uma pergunta, levou-nos ao descalabro.
De novo fiquei eliminado naquela fase, embora desta vez tivesse ficado com um certo amargo de boca pela forma estúpida como se deitou tudo a perder.
Na final, a concorrente arriscou muito e acabou por pegar os 42.000 euros que a banca deu, revelando-se uma escolha acertadíssima pois a mala por ela escolhida tinha apenas 7.500 euros.
Terminada a gravação, corri para apanhar o primeiro autocarro para o Campo Grande que apenas chegou pouco antes das 2 horas.Entretanto, ficou agendada com a Endemol uma nova participação no concurso. Começa a ser viciante...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

Pegar ou Largar

Fui ontem, na pele de concorrente, às gravações do novo concurso da SIC apresentado pelo Rui Unas.
Foi uma autêntica maratona.
O ponto de encontro era no Campo Grande às 18h45 para partir às 19h. Demorei mais tempo a sair pois só consegui entrar no quarto autocarro.
Entretanto, e como não sabia bem como ia ser o lanche que nos iam reservar, decidi ir comer ao chinês.
O azar de dar com a cara na porta do restaurante às 18h depressa se tornou em sorte quando, na volta, demos de cara com um grupo de chineses. De imediato soltou-se a pergunta: “São do restaurante? Vão abrir?”. Ao que responderam afirmativamente. Sorte das sortes!
Já jantados dirigimo-nos ao tal ponto de encontro.
As gravações eram nos estúdios da Valentim de Carvalho e à nossa espera estava uma tenda onde se fazia o “check-in” e nos era dado um kit com uma sande de paio e queijo, um bolo de arroz, um sumo de ananás e uma garrafa de água. Além disso ainda serviam uma sopa enorme.
Obviamente não comi nada. Mas ficou guardado para quando a fome apertasse.
Entretanto sentámo-nos por sectores, tal e qual como íamos estar no concurso.
Ao meu lado estava um repetente. Aconselhou-me a responder às questões apenas depois da música começar a tocar e lamentou-se de ter sido eliminado logo na primeira fase, apesar de ter acertado a todas as questões.
Mais tarde saímos da tenda e dirigimo-nos para dentro do estúdio onde nos sentámos no lugar respectivo, apesar de alguma polémica gerada entre a minha acompanhante e outras duas que tinham a certeza de estarem correctamente sentadas.
Resolvida essa pequena questão foi altura de entrar em cena o animador: o “Bétão”!
Esta personagem tinha como objectivo entreter-nos e que entretenimento que foi... com cada anedota mais picante que a outra. Diziam atrás de mim: “da outra vez foi mais soft mas hoje está a descambar”. E realmente estava.
Aproxima-se o início das filmagens e são dadas as explicações finais.
O Unas aparece e dá as boas vindas a todos, sendo-lhe retribuída uma ovação de pé.
Começam as gravações.
Corta! Corta! Corta!
Já começava bem!
Diziam atrás de mim após o terceiro corte que “na semana passada tinham repetido mais de dez vezes” aquela parte da entrada das 26 meninas com as malas.
Pensei logo que não ia estar no Campo Grande à 1h da manhã tal como me tinham dito.
Mas logo de seguida tudo correu bem e avançou a gravação.
Eram 156 concorrente divididos por duas bancadas com 78 cada, que ainda se dividia em 3 sectores de 26 concorrentes. Eu fiquei na bancada vermelha no sector 3, lugar 18C.
Começam as perguntas. Mesmo que não soubesse a resposta tinha um sujeito atrás de mim que gritava “é A... A!! A!!!!!”, que era acompanhante e que dizia que numa sessão anterior tinha ficado nos últimos 26 concorrentes e que por isso já não podia concorrer mais.
Após as seis perguntas da primeira fase a minha bancada passou à fase seguinte sem nunca ter ficado atrás da bancada azul.
Na segunda fase fizeram-se novamente 6 questões. Todas as bancadas estiveram na liderança mas foi o sector 2 que passou à final.
As minha hipóteses acabaram aí....
Até ao final ainda houve vários cortes e problemas técnicos. A título de exemplo, tiveram de repetir uma parte porque aparecia por detrás do Unas uma senhora a assoar-se com um lenço de papel branco. Outro exemplo passou-se na fase do frente a frente, em que após a pergunta, a luz vermelha não passou a verde para os concorrentes poderem carregar no botão para responder.
Na final, a concorrente levou 15 mil euros para casa. Na altura pareceu precipitado mas revelou-se uma decisão acertadíssima.
Finalmente acabam as gravações e corro para fora do estúdio para sair logo no primeiro autocarro, que chegou ao Campo Grande pouco antes da 1h. Ainda bem que a concorrente finalista não prossegui no jogo senão ainda lá estávamos, pensei eu.
Enfim, foi uma noite diferente e que se pode repetir uma vez que tenho a possibilidade de voltar a concorrer.