quarta-feira, 9 de novembro de 2005

Barril de pólvora

Os acontecimentos recentes em França com a revolta dos filhos de imigrantes (sobretudo magrebinos), provocando distúrbios e incendiando carros, casas e instalações levam-nos a reflectir sobre este assunto não só no caso específico francês mas por toda a Europa.

Um país que acolha imigrantes, legais ou ilegais, tem de garantir que estes sejam necessários e úteis para o desenvolvimento económico e crescimento sustentável do seu país, ou, caso contrário, deve expulsá-los.

Face à vertiginosa queda das taxas de natalidade, abaixo do limiar de renovação das gerações (2,1 filhos por casal), é a imigração trabalhadora que contribui para a sustentabilidade do sistema de Segurança Social.
Sendo usualmente atribuído a estes imigrantes não qualificados os trabalhos que os nativos se escusam fazer, atribuir culpas aos imigrantes pelas elevadas taxas de desemprego não é completamente justo.
Mas quando os filhos destes imigrantes, já nascidos na Europa, têm a sensação que a sociedade os discrimina e não lhes dá condições para se poderem integrar e ascender socialmente, a revolta surge.

A revolta, que até agora estava disfarçada, desmascarou-se e ameaça alastrar-se por toda a Europa.




Quem tem, afinal, razão? Eu diria que todos e ninguém ao mesmo tempo.
Passo então a explicar:
1. Os filhos de imigrantes têm razão quando se sentem rejeitados e sem futuro, mas perdem-na quando se mostram como vândalos.
2. A sociedade francesa (e europeia) não tem razão em acolher indevidamente e sem condições os imigrantes e não integrar, pelo menos, os seus filhos, europeus de nascimento. Conseguiram, no entanto, ganhar a razão com a atitude verdadeiramente terrorista destes jovens revoltados.

Vamos ver se o barril de pólvora, que existe também em Portugal, não explode...

2 comentários:

Célia disse...

Gostava apenas de acrescentar um pequeno comentário. É óbvio que muitos imigrantes são alvos de discriminação e exploração no país acolhedor e também que há muitos casos em que trazem realmente valor acrescentado. Mas também há casos em que são eles próprios a colocarem-se à margem da sociedade. Muitos deles (e agora falo no caso português) desfrutam de rendimentos mínimos garantidos e são-lhes dadas casas de mão beijada enquanto que pessoas que trabalharam uma vida inteira nunca tiveram nem terão tais benefícios.

Anónimo disse...

Axo k explodirá em td o lado, mas pontus. A ver onde vamos parar!!!
E tu onde páras ó meu desaparecido??!! Han? -nc mais me ligaste nenhuma........ LOL
Sorrisos e beijinhos