sexta-feira, 2 de dezembro de 2005

Fumadores sem emprego

Numa acção inédita, a Organização Mundial de Saúde decidiu, a partir de agora, não contratar indivíduos fumadores.
Esta nova restrição na política de recrutamento é vista como uma tentativa de credibilizar a instituição e ameaça, caso se alastre a outras instituições, ser a melhor campanha de sempre no combate ao tabagismo.
Será este o início de uma nova era?

7 comentários:

Anónimo disse...

acho que é uma boa campanha, mas duvido que dê certo, porque algumas pessoas verão a oportunidade para ter protagonismo e vão fazer um escândalo argumentando que é discriminação e consequentemente proibido

Célia disse...

Será que não é esta uma forma de discriminação? Não fumo e prefiro que não fumem perto de mim, mas sou da opinião que quem quiser fumar, que fume. Estão no seu direito tomar essa opção mesmo sabendo que é prejudicial à saúde.
Concordo com acções que visem sensibilizar as pessoas para o mal que faz o tabaco, só me questiono se este tipo de coisas não irá causar o efeito contrário nos fumadores, ou seja, fazer com que eles se sintam discriminados.

Anónimo disse...

Tal dependo do ponto de vista de onde se analisa. Tt pode ser discriminação como algo novo...
Beijitos ó desaparecido do meu blog
=P

Anónimo disse...

canochinha: de facto é uma forma de discriminação, mas não deverá ser considerada como uma forma positiva, como o é por exemplo a discriminação feita aos negros norte-americanos na entrada para a faculdade, em que estes são favorecidos na nota de acesso à faculdade simplesmente devido à raça? é que os fumadores têm o direito a fumar, mas eu, que sou não fumadora, também tenho o direito a um ambiente de trabalho saudável (é que apesar de ser proibido fumar no local de trabalho, infelizmente isso quase nunca é obedecido); para além disso um trabalhador fumador implica muitos custos para o patrão tanto em termos de saúde (nos EUA os patrões é que são responsáveis pelos seguros de saúde)como em termos de faltas.
por isso acho que esta discriminação até não é muito má

Ti@go disse...

Acho que os discriminados são os que não fumam mas são "obrigados" a fumar. Isto apesar de ser proibido fumar no local de trabalho. E ai de quem contraria o pobre do fumador que é logo visto como o mau da fita. Tanto nesta situação particular como noutras, os valores estão invertidos.

PS: Independentemente do teor dos comentários, considero salutar a troca de opiniões. Já agora, gostava que os anónimos deixassem de o ser porque aqui não há lugar a nenhuma discriminação;)

Célia disse...

É proibido fumar no local de trabalho, mas quase ninguém respeita isso. Eu própria sou vítima disso todos os dias porque um colega fuma ao pé de mim e não tenho coragem de lhe pedir que não o faça...
Acho que o tabaco é um grande mal da nossa sociedade e se fosse por mim cada maço de tabaco custaria 50€.
Na minha anterior intervenção não pretendi defender os fumadores, apenas referi que se se quiserem matar a fumar, força, é uma opção deles.
A questão aqui é que a OMS não vai contratar pessoas que fumem. Não sei se anteriormente já tinham posto em vigor medidas rigorosas que evitassem as pessoas de fumar dentro do local de trabalho. Só me pergunto se optar simplesmente por excluir fumadores do recrutamento não será radical demais. Será que a implantação de medidas rigorosas que visassem o controlo dos fumadores dentro das instalações não seria mais justo? Porque um fumador, apesar de ter esse grande lapso, pode até ser um bom profissional.
Concordo contigo Tiago, acho que estas discussões são muito saudáveis:)

chateaufiesta disse...

Já agora não são só os negros norte-americanos a serem favorecidos.
Na realidade, segundo o sistema educacional português existe sempre, por curso, uma determinada percentagem de vagas a serem preenchidas pelos negros dos PALOP sem que para isso tenha de se ter em conta as notas de acesso...