Que (Alegre) reforma
O deputado do PS Manuel Alegre foi reformado este mês com 3.219,95 euros mensais por ter desempenhado, segundo o próprio, durante “pouco tempo”, funções de “coordenador de programas de texto” da RDP (Rádio Difusão de Portugal).
Até aqui o facto até poderia passar despercebido não fosse o facto de que o vice-presidente da Assembleia da República tenha estado apenas três meses como director dos Serviços Criativo e Culturais da RDP.
Manuel Alegre entrou para a RDP logo depois de ter regressado do exílio em Argel, pouco depois do 25 de Abril. Mas assim que foi eleito deputado do PS, nas primeiras eleições democráticas para a Assembleia Constituinte, em Abril de 1975, nunca mais desempenhou trabalho efectivo no cargo para o qual fora designado. Alegre revela, no entanto que, caso alguma vez não tivesse sido eleito, “teria regressado para a RDP”.
Apesar de garantir ao “Correio da Manhã” que sempre descontou por esse cargo na RDP, Manuel Alegre confessa que “se não fossem eles [Caixa Geral de Aposentações] a escrever” uma carta a informá-lo da reforma “nem teria dado por isso”.
(Agora eu pergunto, será que recebe tanto nas suas contas bancárias que 3.219,95 euros mensais não lhe fazem a mínima diferença?)
O candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais afirma que vai optar por receber o ordenado como deputado e um terço da reforma que agora lhe foi concedida.
Quando questionado pelo sobre o tempo de trabalho efectivo na RDP e o valor da reforma agora divulgado, Manuel Alegre fez questão de sublinhar que tudo “é legal”.
Até aqui o facto até poderia passar despercebido não fosse o facto de que o vice-presidente da Assembleia da República tenha estado apenas três meses como director dos Serviços Criativo e Culturais da RDP.
Manuel Alegre entrou para a RDP logo depois de ter regressado do exílio em Argel, pouco depois do 25 de Abril. Mas assim que foi eleito deputado do PS, nas primeiras eleições democráticas para a Assembleia Constituinte, em Abril de 1975, nunca mais desempenhou trabalho efectivo no cargo para o qual fora designado. Alegre revela, no entanto que, caso alguma vez não tivesse sido eleito, “teria regressado para a RDP”.
Apesar de garantir ao “Correio da Manhã” que sempre descontou por esse cargo na RDP, Manuel Alegre confessa que “se não fossem eles [Caixa Geral de Aposentações] a escrever” uma carta a informá-lo da reforma “nem teria dado por isso”.
(Agora eu pergunto, será que recebe tanto nas suas contas bancárias que 3.219,95 euros mensais não lhe fazem a mínima diferença?)
O candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais afirma que vai optar por receber o ordenado como deputado e um terço da reforma que agora lhe foi concedida.
Quando questionado pelo sobre o tempo de trabalho efectivo na RDP e o valor da reforma agora divulgado, Manuel Alegre fez questão de sublinhar que tudo “é legal”.
A isto se chama um sorriso de orelha a orelha
Sem comentários:
Enviar um comentário