sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Boas festas!

Desejo a todos os leitores do Cantinho do Smoke um santo e feliz Natal e uma excelente entrada em 2007.

Que tudo o que de bom houve em 2006 se multiplique e que os momentos menos bons tenham servido para nos tornar mais fortes. De facto, que graça teria a vida sem os desafios constantes que nos obrigam a todo o momento a ultrapassar obstáculos e a escolher um caminho? Por vezes, pensamos estar a escolher o melhor mas, mais cedo ou mais tarde e com menor ou maior custo, apercebemo-nos das boas (e das más) opções que tomámos. Resta-nos caminhar com passos firmes ao longo desta “estrada da morte” que é a vida.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Síndrome do rato enraivecido

A lentidão do carregamento de sites ou paginação pouco intuitiva estão a deixar os cibernautas à beira de um ataque de nervos, provocando alterações cardíacas e reacções enraivecidas frente ao computador, revela um estudo publicado pelo Centro de Pesquisa para Questões Sociais britânico e realizado pela Rackspace Managed Hosting, concluindo que os cibernautas sofrem do síndrome do rato enraivecido, originalmente denominado «Mouse Rage Syndrome».

Provou-se, através da análise de ondas cerebrais de 2.500 utilizadores, que a Internet tem um efeito negativo nas funções cardíacas, no sistema nervoso e imunológico.
A lentidão no carregamento dos conteúdos, paginação confusa ou difícil de navegar, muitos pop-ups, publicidade desnecessária e sites inacessíveis são os cinco erros habitualmente cometidos na concepção das páginas e que acabam por provocar o síndroma.
Os corações aceleram, a transpiração aumenta e os dentes rangem em resposta às dificuldades online.
A reacção mais comum entre os utilizadores é clicar furiosamente no rato, fazer scroll nas páginas e circular o cursor no ecrã.
Nas sessões de acompanhamento, o Centro de Pesquisa comprovou que os sites mais simples, como o Google, são os que trazem experiências online mais calmas e úteis.
Perante páginas com muitos gráficos e que demoram a carregar todo o conteúdo, os utilizadores começaram a sentir-se fisicamente desconfortáveis, reduzindo a concentração e aumentando os sintomas de raiva, que descarregam no rato.

PS: O meu stress com o rato é mesmo só quando ele está sujo e não rola com suavidade. Mas esse problema já foi resolvido após uma rápida limpeza ao cotão entranhado...

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Aborto

Uma vez que iniciou a campanha para o referendo sobre o “aborto quando me apetecer”, decidi colocar um artigo de opinião que encontrei num jornal:

«Muito tem sido dito e escrito sobre este assunto, sem que muitas vezes as pessoas saibam o que realmente está em causa. Li o comentário de uma leitora do Destak que se mostra indignada porque, alegadamente, a sociedade e a Igreja condenam em praça pública a mulher que aborta, sem se preocupar com as que são vítimas de violação. O que esta leitora não sabe é que a Igreja não condena, mas acolhe a mulher que aborta, apesar de ser a favor da vida por respeitar um mandamento que diz «não matarás». Do mesmo modo que esta leitora não saberá que uma mulher que tiver sido violada pode abortar até às 16 semanas, que caso a criança previsivelmente venha a sofrer de doença grave incurável ou de malformação congénita pode abortar até às 24 semanas e que, sendo inviável, pode abortar a qualquer altura. A lei actual contempla ainda a possibilidade de a mulher abortar até às 12 semanas, se o aborto for indicado para evitar perigo de morte, ou de lesão grave e duradoura para a saúde física ou psíquica da mulher grávida. Sendo o aborto sempre consentido se constituir o único meio para remover perigo de morte ou de lesão grave e irreversível para o corpo, ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida. O que é triste é que só porque estamos em pleno século XXI se ache que se pode matar livremente as crianças, sem qualquer razão, até às 10 semanas, só porque nos apetece. O que é mau e certamente não é justo é que eu, que sou contra o aborto, tenha de pagar para que outros o façam, com prioridade sobre outras cirurgias, em hospitais que são de todos nós. O que é péssimo é que não se pense em educar, em responsabilizar, mas apenas em matar.»

Para terminar gostava de colocar a seguinte questão: se a lei já estivesse aprovada por altura em que nasceste e a tua mãe tivesse acordado para o lado errado achas que estarias a ler este post?...

Já agora, não quero com este post ofender ninguém, uma vez que defendo que cada qual tem direito a expressar as suas opiniões e os seus princípios.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Despedida por dizer a verdade

Uma professora foi dispensada pela administração da Boldmere Junior School em Sutton Coldfield, West Midlands, após ter revelado aos seus alunos de que o Pai Natal não existe, assim como os duendes e as fadas.
Os pais dos alunos não acharam graça nenhuma e ficaram indignados, o que levou à cessação do contrato de trabalho da professora. Segundo os pais, a magia do Natal desvaneceu-se.

Pelo andar da carruagem nem quero imaginar o que aconteceria à pobre professora se tivesse acrescentado que a razão de existir o Natal se prende com o nascimento de Jesus. Da maneira que este mundo está, não me admirava muito que fosse mandada para a prisão por ofensas ao fabuloso espírito natalício...

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Morre lentamente quem...

“Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor, ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.

Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece, ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar.

Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade".


Pablo Neruda