quinta-feira, 29 de dezembro de 2005

Dignidade acima de tudo

De Espanha surge mais um caso caricato.
Um juiz apresentou a sua demissão alegando «impossibilidade moral de unir pelo casamento casais homossexuais», recusando-se portanto a aplicar a lei que entrou em vigor a 4 de Julho deste ano.
O dito juiz considera que «a lei está feita para que todos aceitem o casamento homossexual e que todo aquele que não esteja de acordo abandone o seu cargo».
Eu diria que abandona o seu cargo quem tem valores e dignidade e, acima de tudo, quem se pode dar ao luxo de fazer tal coisa. Sim, porque nem todos têm a coragem de fazer o que este Homem fez.
Este é um dos poucos que se recusa a “passar para o lado do inimigo”!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

Licença para viver

Do Brasil surge um caso estranhíssimo, mais concretamente da cidade Biritiba-Mirim que fica a 70 quilómetros de São Paulo.
A polémica surge devido ao facto do cemitério local não ter capacidade para sepultar mais mortos.
Acontece que, estando a cidade sobre nascentes, as leis ambientais não permitem a construção de novos cemitérios. Biritiba-Mirim fica por cima de uma das maiores reservas de água do Estado de São Paulo, razão pela qual, o Instituto de Protecção de Recursos Hídricos tem impedido a construção de um novo cemitério ou mesmo a ampliação do que existe.
Assim, como medida inédita para combater um problema deste tipo, o perfeito da região decretou que os biritiba-mirimenses estão proibidos de... morrer!!!
O perfeito recomenda que «os munícipes deverão cuidar da saúde para não falecer», acrescentando ainda que «os infractores serão responsabilizados pelos seus actos»!
Com esta medida insólita, o perfeito quer que o Governo desbloqueie o projecto de construção de um novo cemitério.

Moral da história: Este homem é um génio pois consegue decretar uma medida eficaz para o aumento da esperança média de vida. O que se seguirá? A partir daqui, quase consigo prever que a próxima medida será decretar a imortalidade...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

Aprenda como perder o subsídio de desemprego

Da Alemanha surge mais um caso caricato neste mundo já quase desprovido de valores.
Uma desempregada vê-se na iminência de perder o subsídio de desemprego por ter recusado uma proposta de emprego.
Até aqui nada de especial não tivesse a proposta vindo de um... bordel!
Isto é possível porque a prostituição está legalizada na Alemanha e, como tal, também os bordeis têm acesso às bases de dados dos centros de emprego.
O facto de ter colocado no currículo que tinha experiência de trabalho na noite foi crucial para que tivesse sido contactada.
Infelizmente, já pouca coisa me é capaz de surpreender...

sexta-feira, 2 de dezembro de 2005

Fumadores sem emprego

Numa acção inédita, a Organização Mundial de Saúde decidiu, a partir de agora, não contratar indivíduos fumadores.
Esta nova restrição na política de recrutamento é vista como uma tentativa de credibilizar a instituição e ameaça, caso se alastre a outras instituições, ser a melhor campanha de sempre no combate ao tabagismo.
Será este o início de uma nova era?

terça-feira, 22 de novembro de 2005

Portugal em 2100

Chegou a mim uma imagem que não gostaria de deixar passar despercebida.

Parece que uns estudos efectuados, tendo em conta o aquecimento global e o descongelamento dos pólos, concluem que em todo o planeta grande parte das cidades junto ao mar vão desaparecer e os países verão mudados radicalmente os seus limites actuais.
Portugal, como país à beira mar plantado, inevitavelmente não fugirá às inundações provocadas pela subida do nível do mar.
Em tom de brincadeira (embora não seja brincadeira nenhuma), aconselharia a consulta minuciosa desta foto na hora de comprar uma casa para não correr o risco de acordar um dia com os pés molhados...

quarta-feira, 16 de novembro de 2005

Super-mulher é portuguesa

Trata-se de Vanessa Fernandes que, ganhando todas as provas disputadas a contar para a Taça o Mundo de Triatlo, se classificou no... 3º lugar.
O que disse atrás não está incorrecto. Acontece que Vanessa não pode participar em todas as provas daquela competição, vendo-se privada de ganhar a Taça do Mundo.
No entanto, a nossa Vanessa alcançou já a 1ª posição no ranking mundial com apenas 20 anos!
Tendo sido 8ª classificada no Jogos Olímpicos de Atenas e 4ª no Mundial de Triatlo, arrisca-se a não falhar um título importante.
Um exemplo a seguir, contra tudo e contra todos...
Está-lhe no sangue.


quarta-feira, 9 de novembro de 2005

Barril de pólvora

Os acontecimentos recentes em França com a revolta dos filhos de imigrantes (sobretudo magrebinos), provocando distúrbios e incendiando carros, casas e instalações levam-nos a reflectir sobre este assunto não só no caso específico francês mas por toda a Europa.

Um país que acolha imigrantes, legais ou ilegais, tem de garantir que estes sejam necessários e úteis para o desenvolvimento económico e crescimento sustentável do seu país, ou, caso contrário, deve expulsá-los.

Face à vertiginosa queda das taxas de natalidade, abaixo do limiar de renovação das gerações (2,1 filhos por casal), é a imigração trabalhadora que contribui para a sustentabilidade do sistema de Segurança Social.
Sendo usualmente atribuído a estes imigrantes não qualificados os trabalhos que os nativos se escusam fazer, atribuir culpas aos imigrantes pelas elevadas taxas de desemprego não é completamente justo.
Mas quando os filhos destes imigrantes, já nascidos na Europa, têm a sensação que a sociedade os discrimina e não lhes dá condições para se poderem integrar e ascender socialmente, a revolta surge.

A revolta, que até agora estava disfarçada, desmascarou-se e ameaça alastrar-se por toda a Europa.




Quem tem, afinal, razão? Eu diria que todos e ninguém ao mesmo tempo.
Passo então a explicar:
1. Os filhos de imigrantes têm razão quando se sentem rejeitados e sem futuro, mas perdem-na quando se mostram como vândalos.
2. A sociedade francesa (e europeia) não tem razão em acolher indevidamente e sem condições os imigrantes e não integrar, pelo menos, os seus filhos, europeus de nascimento. Conseguiram, no entanto, ganhar a razão com a atitude verdadeiramente terrorista destes jovens revoltados.

Vamos ver se o barril de pólvora, que existe também em Portugal, não explode...

quinta-feira, 3 de novembro de 2005

Ironias

Acho graça a PJ fazer buscas em casa de uma figura pública e depois virem dizer que aquela não é suspeita de nada.
De nada? Então o que é que foram lá fazer??
Não me digam que não tinham nenhum tabuleiro de xadrez para poderem jogar e lembraram-se que talvez o tal sujeito tivesse um em casa que pudesse emprestar...
Não gozem com o zé povinho!!!

segunda-feira, 31 de outubro de 2005

Terramotos

250 anos após o grande terramoto que abalou Lisboa, eis que surge o Free Your Mind organizado pela MTV.
Este evento, que decorrerá debaixo da famosa pala de Siza Vieira situada no antigo Pavilhão de Portugal no Parque das Nações, junta nomes como Gomo, The Gift, Blind Zero e Skin. A entrada é gratuita.

Mas não queria deixar de reflectir sobre a grande catástrofe que foi o sismo de 1755, a que se seguiu um maremoto.
O terramoto teve início às 9 horas e 40 minutos do Dia de Todos os Santos, 1 de Novembro de 1755. A terra tremeu três vezes, num total de 17 minutos, e, durante vinte e quatro horas, a terra não deixou de estremecer.


Com que aspecto ficaria Lisboa caso este terramoto a visitasse de novo?
Tenho a ligeira impressão que não seria preciso muito para arrasar com Lisboa inteira, tal é a podridão em que se encontra.
E qual a probabilidade de voltar a acontecer?
Eu diria que muito grande.
Quais os efeitos para o nosso país caso esta catástrofe nos escolhesse?
A esta pergunta nem me vou dar ao trabalho de responder pois são inimagináveis e aterrorizantes.

quarta-feira, 26 de outubro de 2005

Nós por cá...

Não podia deixar de partilhar mais uma situação caricata.

A situação que se segue faz-me lembrar os tempos de escola em que tudo era permitido.
Pensava eu que era só na escola, mas não...

Mas, ao deparar-me num dia destes, em plenas instalações da minha empresa, que há alguém que ainda brinca aos rabiscos na cara de um candidato de uma qualquer lista a qualquer coisa, fico com a impressão que também há criancices onde não devia haver.

Mas tudo bem, como não conheço o senhor de lado nenhum achei graça e pedi gentilmente para tirarem fotos da obra de arte.
Realmente parecem coisas do diabo embora lhe tenham dado o título de cabeça de porco...

terça-feira, 25 de outubro de 2005

Gripalhada das aves

Começo a estar um bocado farto desta história da gripe das aves.
No entanto, ontem consegui rir um bocado quando vi uma reportagem num telejornal em que a entrevistada (uma vendedora ambulante de uma feira) relatou o seguinte facto: “Estava uma senhora a coçar o nariz e eu disse «Ó senhora., saia de ao pé das galinhas!!!!»”.
Mas que raio de histerismo é este que agora até se tem medo que os humanos passem as suas constipações às galinhas?
E que raio de vida é a nossa que centramos em torno de um papagaio?
Estou preocupado, sim, com este fenómeno, mas não me vou trancar em casa nem vou mudar os meus hábitos alimentares por causa disto.
Se formos a ver bem, já nada é seguro.
Vivemos num mundo podre e que está prestes a rebentar.
Vou-me martirizar até esse dia chegar?
Nem pensar.

segunda-feira, 24 de outubro de 2005

Azares

Vou partilhar uma história caricata e muito embaraçosa para os seus intervenientes (que respeitosamente deixarei no anonimato).
Esta situação ocorre a altas horas da noite num local ermo perto de uma estrada deserta e muito sombria no meio de nenhures.
Foi precisamente aí que um jovem casal optou por estacionar o carro.
Pois nem vou discutir o que estariam a fazer (à caça dos gambuzinos é que não estavam!), mas as contas saíram-lhes furadas quando ao rodar a chave da ignição nada aconteceu a não ser o barulho de um motor engasgado.
Realmente é uma daquelas situações em que a bateria não podia falhar.
E o que fazer de seguida? A opção passou por telefonar a alguém e engolir em seco a maior vergonha das suas vidas.
E a quem telefonar? Já que se vai ter de assumir a “culpa”, pelo menos que seja com algum amigo/a mais próximo que compreenda a situação, de preferência com poucas perguntas.
A ligação é estabelecida... “Cabos para a bateria? Não tenho! Espera só um bocado que vou perguntar aqui”. Ao que eu respondo: “Não tenho cabos nenhuns”.
Apesar de tudo lá fomos em busca do casal atolado na sua própria desgraça, algures no fim do mundo.
Chegados lá, eis que já tinha chegado a ajuda desejada. Aquelas duas pessoas com os cabos milagrosos foram a sua salvação.
A nossa viagem foi em vão mas também é para isso que ainda servem os amigos.
Sem saber bem o que fazer disse em tom de brincadeira: “Que maneira mais estranha para nos conhecermos”. Que frase mais parva para se dizer, pensei depois!
Vim a saber que aqueles dois indivíduos eram o... tio e primo da jovem (!).
Alegadamente ter-lhes-ão telefonado como solução extrema de recurso, isto porque os pais não podem sequer sonhar que aquela “aventura” com o namorado alguma vez aconteceu.
Cúmulo dos cúmulos fiquei também a saber que estes parentes “salvadores” moram no mesmo prédio da tal jovem.
Será que esse segredo vai ficar tão bem guardado?
É preciso ter muito azar!!!

sexta-feira, 21 de outubro de 2005

Despedidas

Hoje vou partilhar mais uma experiência única no local de trabalho (confesso que já tinha saudades de partilhar alguma).
É habitual, na empresa em que exerço funções, que trabalhadores que passam à situação de reforma enviem um e-mail de despedida para toda a empresa.

Já vi de tudo um pouco escrito nesses e-mails desde o contacto que é deixado até promessas de almoçaradas.
Ontem recebi mais uma dessas comunicações e, após longa ponderação e reflexão, decidi-me por divulgar o seu conteúdo por o considerar especialmente interessante. Por razões de segurança substituí certas partes por três pontinhos entre parêntesis.

Amigos(as),

Na impossibilidade de, pessoalmente, dar um abraço a todos os meus amigos e amigas (que são bastantes)e que, ao longo de mais de 3 décadas de trabalho no (...) tiveram a gentileza de me aturar, venho por este meio agradecer-lhes a ajuda e o carinho que sempre me dispensaram, e lembrar-lhes que a vida continua.
Para os outros, menos amigos, que também os há, desejo apenas, que este Governo, lhes dê com o martelo
de Stº Hilário que é o que eles merecem.
A partir de hoje sou mais um reformado e consintam-me, apesar de tudo, esta minha publicidade que não é enganosa.

A todos um muito BEM HAJA.
(…)


Gosto particularmente quando coloca entre parêntesis que tem bastantes amigas.
Também não me é indiferente que este ex-funcionário deseje aos seus “menos amigos” que “este Governo lhes dê com o martelo de Santo Hilário que é o que eles merecem”.
Mas que praga malévola é esta que vai tirar o sono aos seus “menos amigos”? Quem foi, afinal, Santo Hilário?

Entretanto, hoje já recebi mais 2 e-mails de despedida que decidi, também, transcrever.

Caros colegas

Informo que no próximo dia (...) passo à situação de reforma e portanto o meu login vai ser substituido por (...).
Fico grata a todos pela convivência e as boas relações de trabalho que me proporcionaram.
Agradeço do fundo do coração toda a colaboração que me deram e tudo o que convosco aprendi ao longo destas 4 décadas.
A todos desejo felicidades e concretização dos vossos objectivos pessoais e profissionais.

Um beijo
(...)

Ora aqui está um e-mail decente de despedida que mais parece o agradecimento de uma actriz consagrada galardoada com um Óscar (ou Globo de Ouro) pela sua brilhante carreira.

Finalmente transcrevo o último e-mail que recebi.

Sendo hoje o meu último dia de trabalho e estando consciente que cumpri com o meu dever, durante mais de 30 anos, ao serviço do Metropolitano de Lisboa, a todos apresento as minhas despedidas, desejando a todos as maiores felicidades pessoais e profissionais,

A partir desta data o meu endereço electrónico é o seguinte:
(...)@(...).com

Lá está um perfeito exemplo de quem se despede bem... e que deixa o seu e-mail pessoal para concerteza combinar umas almoçaradas com os seus, agora, ex-colegas.

quarta-feira, 19 de outubro de 2005

Gilberto Madaíl... na night

Chegou ao meu conhecimento que o Presidente da Federação Portuguesa de Futebol foi ao Hard Rock Café numa destas noites (apesar de saber quando foi, não vou divulgar).
Até aqui parece tudo normal, isto porque o homem também tem direito à vida.
O que não me parece muito normal é o que se segue.
Aparentemente, Madaíl encontrava-se com algum sangue no álcool (talvez devido a um jantar bem regado!) e ia acompanhado com três amigos, entre os quais uma senhora loura, a qual parecia sofrer do mesmo mal no sangue, ao mesmo tempo que se mostrava muito intima do alto dirigente da Federação...
À saída, ao passar por duas jovens (brasileiras, por sinal), um dos seus amigos deu um encontrão numa delas (talvez de propósito, quem sabe?).
Eis então que Madaíl volta atrás e mete conversa com elas todo sorridente, dando, inclusivamente, dois beijinhos a cada e tratando-as, visivelmente, com grande intimidade(ver braço do Sr Madaíl na foto!).

Esperemos que não se lembre para a próxima de convidar todos os jogadores e equipa técnica da selecção para ir dar uma voltas pelos bares da Alemanha.
É que a polémica surgida em Saltillo no Mundial de 86 e a famosa festa de jogadores da selecção com “meninas” na campanha de apuramento para o Euro 96 não nos faz ter a certeza que em 2006 não aconteça o mesmo. Parece que de dez em dez anos acontecem episódios destes.
Estará Madaíl em estágio?
E será que a sua esposa sabe destes seus jantares?...

segunda-feira, 17 de outubro de 2005

Fim da temporada de F1

Acabou mais uma temporada do “grande circo”.
O último Grande Prémio de Fórmula 1 que decorreu na China serviu para consagrar o mais jovem campeão do mundo Fernando Alonso da Renault.

O espanhol venceu a corrida e deu também a vitória de construtores à sua escuderia.
Apesar de Kimi Raikkonen ter sido claramente superior ao longo de grande parte da temporada, a grande irregularidade provocada pela pouca fiabilidade do McLaren-Mercedes acabou por ditar o seu segundo lugar na classificação de pilotos.
Aliás, não fosse a irregularidade do McLaren-Mercedes (claramente o melhor carro da época) e os erros (infantis) de Juan-Pablo Montoya, o título de construtores dificilmente fugiria à equipa britânica.

Quanto ao “nosso” Tiago Monteiro, este fez uma época muito regular, tendo conseguido amealhar 7 pontos, graças a um terceiro lugar na corrida mais nojenta que vi em toda a minha vida (EUA) e a um oitavo lugar em Spa-Francochamps, esta sim com verdadeiro valor. Como estreante, bateu, por larga margem, o recorde de maior número de Grandes Prémios consecutivos terminados, tendo apenas sido forçado a desistir uma única vez.
Conseguirá Monteiro manter, no mínimo, um lugar na Jordan da próxima época ou dar-lhe-ão uma oportunidade de correr num carro mais competitivo?

Um espectáculo chamado... Natalie Imbruglia

Foi no Sábado que Natalie Imbruglia actuou pela primeira vez em Portugal.
Apesar do dérbi que decorria à mesma hora, os fãs e simpatizantes da cantora australiana não faltaram.
Foi uma atmosfera inacreditável aquela que se viveu no Freeport.
Tal como esperado, o tema “Torn” foi o mais ansiado pelos espectadores que puderam finalmente assistir a um concerto que já tardava a surgir em solo nacional.
Após cerca de hora e meia de concerto foi com um “Big mistake” frenético que Natalie Imbruglia se despediu.
Não houve encore mas espera-se que a cantora não demore outra eternidade a fazer uma visita aos seus fãs...

sexta-feira, 14 de outubro de 2005

Nós por cá

Não podia deixar passar em claro esta situação e, consequentemente, solidarizar-me com o drama de quem vive no andar deste prédio algures em Lisboa (para salvaguardar a integridade de quem aí vive vou-me abster de revelar o local).

O indivíduo que colocou este cartaz na parede abaixo da sua janela consegue ser conciso, educado e... não dar erros de ortografia, o que é obra!!!
O autor do cartaz teve, porém, a inabilidade de o colar com fita cola, o que levou a que não tivesse tido a oportunidade de estar exposto mais do que um dia.Mas a ideia é engraçada e se alguém lhe der pernas para andar uma nova moda se iniciará...

quarta-feira, 12 de outubro de 2005

Chuva

Tantas vezes inimiga das pessoas, é, no entanto, com alegria que os portugueses recebem esta chuva que caiu por todo o país e que tanta falta faz.
Finalmente, após um ano de seca extrema e embora seja ainda insuficiente para alterar definitivamente esta situação extrema a que o país chegou, podemos começar a respirar de alívio.
E uma coisa interessante está a acontecer. O comum do português é um ás a criticar quando não se faz ou não acontece, assim como é capaz de criticar quando se faz ou acontece.
Pois... ainda não ouvi uma voz exaltada ou descontente face à “malvada” da chuva. Tal deve ser da circunstância especial em que vivemos, isto apesar das inundações provocadas até... no Alentejo, imagine-se!Confesso que já tinha saudades de dar uso ao guarda-chuva, assim como a maioria dos portugueses, creio. No entanto, a falta de treino é bastante visível...



segunda-feira, 10 de outubro de 2005

Portugal no Mundial

Este fim-de-semana desportivo marcou, após a vitória (sofrida) sobre o Liechtenstein por 2-1, o carimbar da passagem da selecção de todos nós ao Mundial de Futebol de 2006 a decorrer na Alemanha.




Muitas outras selecções já confirmaram também a sua presença na mais importante prova ao nível de selecções, incluindo Angola que após uma campanha exemplar, deixando de fora a Nigéria, vai estrear-se nesta grande prova.

segunda-feira, 3 de outubro de 2005

Pós Eclipse


Neste momento em que escrevo continuo cego de tanto admirar o namoro do Sol com a Lua.
Foi quase perfeito o encaixe.
Foi como se de química entre duas pessoas se tratasse.
Os dois tornaram-se, hoje, um só.
Mas demorou pouco tempo e não foi pleno.Foi só o tempo necessário para dois eternos amantes se reencontrarem...

Dia Internacional do Idoso

Pela resolução 45/106 da Assembleia Geral das Nações Unidas, designou-se o dia 1 de Outubro como o Dia Internacional do Idoso, comemorado por todo o mundo no passado Sábado.

É hora de fazer uma análise da situação em Portugal (e em todo o mundo).

Graças a um decréscimo simultâneo das taxas de mortalidade e de natalidade, assiste-se a uma fenómeno de envelhecimento populacional.

Com a continuada descida dos níveis de fecundidade já se ultrapassou o limiar de substituição das gerações (2,1 crianças por mulher), rondando os 1,4 em 2004.

Por outro lado, assiste-se a um acréscimo da esperança média de vida graças à descida dos níveis de mortalidade infantil e nas idades mais elevadas. Actualmente, a esperança média de vida à nascença é de 75 anos nos homens e 81 anos nas mulheres.

De futuro, não se prevendo um aumento dos níveis de fecundidade para cima do limiar de substituição das gerações, aliado ao aumento expectável da esperança de vida, prevê-se um cenário negro.

A cada século que passa a população idosa não pára de duplicar, prevendo-se que sejam 3 milhões em 2050!


terça-feira, 27 de setembro de 2005

Eclipse

Na próxima 2ª feira (3 de Outubro) ocorrerá um eclipse anular, que se caracteriza pela passagem da Lua em frente do Sol.

Como o diâmetro do disco da Lua é insuficiente para ocultar completamente o Sol (ao invés de um eclipse total) um fino anel solar subsiste em volta do disco preto da Lua.


Embora o fenómeno seja visível em todo o país, as condições de observação serão especialmente favoráveis na região norte do país.


Em Lisboa o eclipse será de 81,8%....

segunda-feira, 19 de setembro de 2005

Fura Casamentos

Com Owen Wilson, um surpreendente Vince Vaughn e a bela Rachel McAdams nos principais papéis, David Dobkin realizou uma comédia romântica que eleva em muito a fasquia deste género, redobrando a responsabilidade e dificuldade de quem o queira superar.

Em Fura Casamentos, John Beckwith (Owen Wilson) e Jeremy Gray (Vince Vaughn) são, além de sócios mediadores de divórcios, amigos de longa data com um hobby particularmente estranho: infiltrar-se em casamentos alheios.
Desde cerimónias judia, italiana, irlandesa, chinesa ou mesmo hindu estes amigos estão sempre presentes e tornam-se na atracção de qualquer copo-de-água, onde cumprem à risca as suas já provadas regras, com a finalidade de conhecer e engatar mulheres excitadas apenas com a ideia do casamento.
O problema surge quando John Beckwith se apaixona pela bela e comprometida Claire Cleary (Rachel McAdams), quebrando todas as regras estabelecidas.

quinta-feira, 15 de setembro de 2005

58 dias

Foi quanto demorou desde o dia em que o meu carro foi abalroado até ao dia em que tudo voltou ao normal.
Quase 2 meses para resolver um problema de facílima resolução mas que se tornou num bico de obra.
Resumidamente vou contar a história:
1º Desloquei-me à minha seguradora e coincidência das coincidências tinha acabado de mudar de instalações.
2º Quando cheguei às novas instalações estavam os funcionários em plena mudança
3º A minha seguradora escudou-se numa lei qualquer que diz que quando estão mais do que 2 viaturas envolvidas (como foi o caso) o sinistrado tem de apresentar a sua queixa a uma das outras seguradoras.
4º Fui à seguradora do indivíduo que me abalroou e aí me pediram para pedir um orçamento detalhadíssimo à oficina por mim indicada.
5º Ida à oficina para avaliar os estragos (cerca de 600€ sem IVA) e envio por fax do orçamento para a seguradora.
6º A seguradora marca um encontro na oficina com um avaliador seu.
7º O avaliador negociou com a oficina (cerca de 600€ com IVA).
8º Recebo um telefonema da seguradora a pedir o auto de participação do acidente feito pela GNR.
9º Lá tive de ir em sentido contrário para ir pedir o tal auto.
10º Chegado lá, vi-me confrontado com 2 opções: ou pedia uma cópia do auto, que custava 0,32 euros e levava de imediato, ou uma certidão, que custava entre de 10 a 15€ (já nem me lembro bem) e demorava uma semana a chegar.
11º O GNR disse-me que “uma dava e a outra podia não dar”, afirmações que me elucidaram plenamente...
12º Enviei a cópia desse auto por fax e, no dia seguinte a oficina foi informada de que já podia arranjar a viatura.
13º Eu não tomei conhecimento disto.
14º Se eu não tivesse a iniciativa de telefonar ainda hoje podia estar à espera.
15º Quando telefonei à oficina disseram-me que “iam ligar ainda hoje”.
16º Trouxe o carro da oficina... sem a antena!
17º Agora vou ficar à espera que a enviem.

Conclusão: Se puderes evitar acidentes fá-lo! E se o prejuízo não for grande é preferível pagá-lo do bolso a menos que o culpado se preste a pagar amigavelmente.

PS: Pelo meio disto tudo, o indivíduo que me abalroou tentou de tudo para que eu apresentasse queixa à seguradora do terceiro indivíduo envolvido.

segunda-feira, 12 de setembro de 2005

Presidenciável inesperado

Creio que devo ter sonhado ou tido um pesadelo, dependendo do ponto de vista.
Num momento em que, após o anúncio das candidaturas de Mário Soares pelo PS, de Jerónimo de Sousa pelo PCP e de Francisco Louça pelo BE, se esperava apenas pela confirmação de Cavaco Silva., eis que algo de inesperado, mas não inédito, se prepara para acontecer.
Então não é que se prepara para avançar nada mais nada menos do que... José Maria Martins?
Para quem ainda tem dúvidas sobre quem se trata digo apenas que se trata.... do advogado do Bibi.Palavras para quê...

domingo, 11 de setembro de 2005

Data histórica

Fazem hoje 4 anos que aconteceu algo que mudou o mundo.
Entretanto, um inimigo chamado natureza “atacou” os E.U.A. colocando a nú um país que, apesar de conseguir chegar, em peso e no dia seguinte se necessário, a um país num continente distante, não conseguiu socorrer-se a si próprio.
Afinal, o que foi feito, entretanto, ao nível da segurança interna?
Houve, de facto, uma gritante falta de coordenação face a uma catástrofe anunciada.
PS: Não pretendo ser catastrofista nem ganho nada em sê-lo mas diz-se há já algum tempo que está para acontecer em Lisboa algo parecido com o acontecido em Nova Orleães. Não será com um furacão mas com um maremoto semelhante ao ocorrido em 1755. Faltará assim tanto tempo?

sexta-feira, 9 de setembro de 2005

Portugal é 27º no IDH

O aumento do fosso entre os ricos e os pobres, assim como a descida de uma posição de Portugal no Índice de Desenvolvimento Humano (encabeçado pela Noruega) são algumas das conclusões que se podem retirar do Relatório de Desenvolvimento Humano para 2005 (visível em http://hdr.undp.org/reports/global/2005/).

Entre outras, destaca-se nas conclusões que:
1. Os 500 indivíduos mais ricos do mundo têm um rendimento conjunto maior do que o rendimento das 416 milhões de pessoas mais pobres.
2. As barreiras comerciais mais elevadas do mundo são erigidas contra alguns dos países mais pobres.
3. A interacção entre pobreza e conflito violento em muitos países em desenvolvimento está a destruir vidas numa escala enorme.

quinta-feira, 8 de setembro de 2005

Marco decisivo

As 16 horas de hoje, com a implosão das duas torres de Torralta, marcam a história de Tróia que, diz-se, se irá transformar num local de turismo de luxo, contribuindo positivamente também para as regiões em redor com criação de riqueza e de emprego, directa e indirectamente. Mas nem tudo são rosas, pois poderá ser o ambiente quem mais poderá sofrer, e com isso todos nós...O que pesa mais na balança?

sexta-feira, 2 de setembro de 2005

Será Alzheimer?

Soares Pai recandidatou-se à Presidência da República.
Segundo ele, esta candidatura deve ser vista como um estímulo aos idosos que muitas vezes são dados como inúteis para a sociedade a partir de certa idade.
Até que as suas declarações têm uma certa razão de ser não tivessem elas sido, há pouquíssimos meses atrás, muito críticas acerca da eleição do Papa com 78 anos. Não sei se é Alzheimer mas, caso Soares Pai seja eleito Presidente da República Portuguesa ele terá... 81 anos!
Quem é velho?

segunda-feira, 22 de agosto de 2005

Feias e com bigode?!

Constato que no imaginário dos brasileiros a mulher portuguesa continua a ser vista como “feia e com bigode”. Acredito que, assim que aterram no nosso país depressa mudam de opinião.

PS: Ainda agora não sei se sonhei com algum daqueles filmes com um casting seleccionadíssimo ou se é mesmo possível ter encontrado um sítio em que a beleza feminina abunda por metro quadrado...

quarta-feira, 17 de agosto de 2005

Vivência das férias

Nunca como agora consegui fazer tanto numas férias tão mais curtas que o habitual.
Todos os dias foram diferentes, de tal modo que quase nada foi planeado.
Tantas foram as vezes em que, em cima da hora, optei por fazer alguma coisa ou ir a algum lugar em detrimento de algo que pensaria inicialmente fazer. Fazer as coisas por impulso fugindo ao dia-a-dia normal tem outro sabor.

terça-feira, 16 de agosto de 2005

Regresso das férias

É com pena que o digo. Durante 2 semanas consegui esquecer totalmente a vida profissional para finalmente me dedicar a 100% à minha vida pessoal.
A mudança ocorreu logo no último dia de trabalho, tendo perdido os cabelos que tanto estimo. Dizem-me que fico melhor e, de facto, mesmo que tal seja apenas um elogio para não parecer mal, sinto-me mais confiante para os desafios que pretendo enfrentar...

sexta-feira, 29 de julho de 2005

Enfim férias

Confesso que já estava necessitado de umas semanas de férias.
Perto, mas cada vez mais longe, vai o tempo em que conseguia o notável feito de me enjoar das férias.
Agora que vai fazer quase um ano de vida activa profissional, guardo com saudades aqueles tempos (pensar que até há um ano conseguia fazer tudo o que queria e mais ainda durante as longas férias).Vou, no entanto, procurar gozar ao máximo estas semanas que surgem como um oásis no meio de um deserto!

segunda-feira, 18 de julho de 2005

Batida

No sábado aconteceu aquilo que eu preferia evitar: bateram-me por detrás e estragaram-me o pára-choques.

Abre o sinal, os carros avançam.
De repente começam a travar à minha frente e eu, como não tenho o dom de passar por cima dos outros, paro também.
Eis que, pressentindo o pior, dou uma mirada pelo retrovisor.
Oiço uma travagem forçada, depois um embate e de seguida outro.
Infelizmente não fui figurante mas protagonista.

Segue-se a burocracia das seguradoras. O jogo do empurra para o outro. Espero não ter muitas chatices, mas já começaram as complicações...

sexta-feira, 15 de julho de 2005

Prevenção dos assaltos

Já repararam nas diferenças entre a Fertagus e a CP em termos de segurança?
Por exclusão de partes, creio que estou em condições de revelar em primeira mão os resultados do meu estudo.
A solução para combater a falta de segurança não passa por colocar seguranças no interior dos comboios. Já repararam que na Fertagus, apesar de não haver seguranças não existem assaltos aos passageiros? Na CP creio que também não há seguranças, ou se há é só para tentar intimidar, mas os assaltos sucedem-se uns atrás dos outros.
Qual é então o factor que diferencia a segurança na Fertagus da insegurança na CP?
É nada mais nada menos que... a música clássica!
É que os assaltantes não gostam de ter como banda sonora temas como a 5ª Sinfonia de Bethoven... Tira o espírito à coisa.
Assim, a solução para não se ser assaltado no dia-a-dia passa por ter à mão um CD de música clássica e umas colunas ou então sintonizar o rádio portátil na Antena 3.
Para os mais distraídos o melhor é prevenir e ter sempre essa música ligada.Pode é surgir aquele velho problema de não morrer da doença mas da cura...

segunda-feira, 11 de julho de 2005

Ar Condicionado

A maior fonte de inimizades no emprego é, muito provavelmente, o Ar Condicionado.
Quem está longe do AC não sente nada e quem está mesmo por debaixo do AC tem muito frio (no Verão) ou muito calor (no Inverno).
Este é o ponto de partida para uma reedição da Guerra Fria.
Ao princípio, para não parecer mal, os colegas toleram-se.Passado um certo tempo, quando se apercebem que ainda vão ter de conviver durante alguns tempos, começam por sondar o terreno perguntando gentilmente ao colega se ele não se importa de ligar/desligar o AC ou de baixar/diminuir a temperatura. A esta solicitação, geralmente o colega pode aceder, mas passado um ou mais dias a resposta passa a ser: «Está bem». Até aqui tudo bem. O problema é que esta resposta deixa de ser acompanhada da respectiva acção, pelo que o «Está bem» no fundo significa «Vai morrer longe!».

sexta-feira, 8 de julho de 2005

Mais um atentado

Digo isto de uma forma seca e quase sem emoção, tal é já a frequência deste tipo de atentados.
Quase, só porque existem sempre pessoas inocentes que ou perdem a sua vida ou os seus familiares e amigos.
Mas a cada vez maior insensibilidade para com estas situações acontece devido à sua grande frequência.
Infelizmente muitos como eu já acham como “normal” este tipo de situações.

PS: É sabido que no Metro de Lisboa vai passar a ser possível utilizar o telemóvel. Esta é uma muito boa notícia mas, por outro lado, é justo começar a pensar que os terroristas já podem utilizar a técnica do accionamento de bombas pelo telemóvel... Daqui a pouco tempo podemos passar a estar na rota de terroristas. Se é que não estamos mesmo. Infelizmente calha a todos. Mas vamos tentar não pensar nisso.

quinta-feira, 7 de julho de 2005

Tolerância Zero

O que dizer relativamente à Tolerância Zero?
Ao princípio, enquanto se tinha a sensação que a vigilância era eficaz ao ponto de se correr o risco de receber uma multa no correio por ultrapassar 1 km/h do limite estabelecido por lei, todos cumpriam.
Actualmente, assiste-se à tentativa de cumprimento da Tolerância Zero.
Tentativa pois, por vezes, a pressão de ter criado 2 kms de fila, “apenas” porque se está a cumprir o Código, pode ser insuportável ao ponto de nos passarmos para o «Lado do Mal».

Mas qual é a ideia por detrás da Tolerância Zero?
Será que nas estradas em que não há Tolerância Zero já se pode infringir o Código da Estrada?
É como se as estradas tivessem uma fronteira em que, de um lado, há leis que são cumpridas e que, do outro, reina a anarquia onde se podem matar uns aos outros sem ter de se justificar perante a lei!

quarta-feira, 6 de julho de 2005

Códigos dos Códigos

Faz-me confusão a criação de Códigos cujo objectivo é fazer cumprir o que supostamente já devia estar a ser cumprido ao abrigo do Código anterior.
Por exemplo, pegando no Código da Estrada, é do conhecimento público que sempre foi proibido estacionar em cima do passeio. No entanto, tal não é problema para o comum automobilista que, vendo a impunidade relativamente à situação, se sente legitimado a fazer o mesmo. A certa altura, a proibição de estacionar em cima dos passeios passa a constituir um direito de aí estacionar porque «os outros fazem».




Até aqui pode até parecer tudo bem.
Mas vendo de outra perspectiva...




À direita desta foto, pode-se reparar que o estacionamento se faz em 3ª fila (!), mas pior que isso é a carrinha de caixa aberta que se encontra estacionada em 3ª fila mas sem a 2ª e 1ª fila.
Ou seja, estacionamento no meio do cruzamento!!!

sexta-feira, 1 de julho de 2005

Descodificar os desenhos

Já viram como os desenhos que os miúdos fazem são tão parecidos com aqueles que fazíamos quando tínhamos a idade deles?
A casa branca com uma porta, duas janelas e telhado vermelho, a árvore, a flor, a relva verde, as nuvens azuis e o sol amarelo com uma cara sorridente(!).
Quem é que nos ensinou e, pelos vistos, ainda continua a ensinar estas coisas? Ou que, pelo menos, nos induz a ter este comportamento tão padronizado...


quinta-feira, 30 de junho de 2005

Desenhos no local de trabalho

Em certos gabinetes deparo num fenómeno que já tinha verificado, embora a uma menor escala, no emprego anterior: os desenhos.
Geralmente colados na parede atrás da sua secretária como se de troféus se tratasse, demonstram o quão babados estes pais são.
Babados pois, salvo raríssimas excepções, não são propriamente obras primas das quais se possa fazer algum elogio técnico.
Quanto muito pode é receber elogios do tipo: «Lopes, o seu filho deve ser adorável e muito inteligente, a julgar por esse desenho tão bonito».
Ou então pode ser abonatório na hora do chefe repensar a sua posição na empresa, especialmente se ele for um coração de manteiga...

quarta-feira, 29 de junho de 2005

Foto da família na secretária

Qual a razão que leva as pessoas a ter uma fotografia da família na secretária a olhar para elas?
Será que se esquecem que são casados?
Ou será que dizem para si próprios: «Pronto, cinco horas. Está na hora de ir fazer a ronda pelos bares e ir engatar umas babes. Espera aí. Olha-me só para esta fotografia. Tenho mulher e dois filhos. Tinha-me esquecido completamente! É melhor ir para casa.»

terça-feira, 28 de junho de 2005

Local de trabalho

Certas pessoas não vêem o seu escritório como local de trabalho.
É mais como umas férias que se passam fora de casa.
Comem uns bolinhos, bebem uns cafés, ligam no máximo o ar condicionado, estão todo o dia com o computador ligado à net, têm um telefone para ligar para todo o lado, tiram umas fotocópias para os amigos, levam as revistas que não têm tempo de ler em casa, põem a conversa em dia e, quando é hora, vão-se embora para casa...

segunda-feira, 27 de junho de 2005

Procurar lugar para estacionar

Agora que estamos no Verão, aproveitamos, sempre que possível, para ir à praia.
Mas onde estacionar o carro? A 2 kms de distância? Nem pensar! Temos sempre a esperança de encontrar aquele lugar mesmo em frente à areia.
Nunca vos aconteceu ir a guiar o vosso carro e, de repente, começam a seguir uma pessoa porque pensamos que ela se vai a dirigir para o seu carro e queremos o lugar? Não é estranho quando um carro anda à mesma velocidade que uma pessoa?
A pessoa pára, nós paramos, ela vira, nós viramos. Com sorte não somos mandados parar por uma patrulha da BT por conduzir embriagados...

quarta-feira, 22 de junho de 2005

Mundos apartados

Em pleno século XXI, é ainda possível descobrir no nosso Portugal pessoas que pensam que para além da sua aldeia não existe mais nada.
São pessoas que vivem daquilo que a terra e os animais lhes dão e que, à sua maneira, são felizes pois não conhecem outra realidade que não aquela.
Quando se procura dar a uma pessoa destas a oportunidade de descobrir a realidade que desconhecem, nota-se-lhes uma expressão de deslumbramento mas, ao mesmo tempo, de receio por algo que vivem pela primeira vez.
Deslumbramento e receio por coisas que, para nós é um dado adquirido e que sem elas provavelmente já não conseguimos viver.

Mas, quando se faz uma coisa destas com um jovem na flor da idade, espera-se que ele volte para a aldeia e que continue contente no mundo em que vivia, alheio a tudo o que se passa no exterior e que, agora, sabe que existe?

Dá-se uma experiência deste tipo a uma pessoa e depois diz-se: “Então, adeus. Volta lá para a tua aldeia”. Creio que não é bem assim.

É como dizer a uma criança onde está o pote das bolachas e depois dizer-lhe que não as pode comer...

segunda-feira, 20 de junho de 2005

Monteiro no pódio no GP... da Farsa

Decorreu este fim-de-semana mais um Grande Prémio de Fórmula 1 e, pela primeira vez na história, um português chegou ao pódio.
Apesar de ter ficado feliz pelo feito do piloto nacional, a que se junta um record de corridas sucessivas terminadas (já vai em nove), não posso deixar de estar triste pois este feito só foi possível graças à não participação de 7 equipas.
Face à configuração da pista de Indianápolis que provoca um excessivo desgaste dos pneus e a um erro da Michelin que levou pneus que apenas duravam 10 voltas, esta aconselhou as escuderias, que se equipam com os seus pneus, a não participarem neste GP, por motivos de segurança!!!
Uma vez que não se chegou a um consenso para resolver este imbróglio, apenas participaram a Ferrari, a Jordan e a Minardi, para descontentamento dos milhares de espectadores que estiveram presentes em Indianápolis e dos milhões por todo o mundo.

Que rumo quer seguir a F1 que, após o domínio avassalador da Ferrari de Schumacher, se apressou em nivelar por baixo esta competição, através da implementação de várias regras absurdas que contrariam a lógica do espectáculo que se quer da F1.
Sugestão: Agora que a Ferrari já não domina, talvez fosse boa ideia voltar às regras antigas.
Por favor não destratem este e outros fãs incondicionais que acordam com gosto nas madrugadas de Domingo só para ver este grande espectáculo que tem vindo a perder prestígio.
Este último episódio pode não ter matado a F1, mas de certeza que a deixou em coma alcoólico...

sexta-feira, 17 de junho de 2005

World Jump Day

A ideia de um salto no dia 20 de Julho de 2006 pelas 11:39:13 passa pela tentativa de desviar o planeta Terra para uma nova órbita.
Segundo o site http://www.worldjumpday.org/ cientistas investigadores provaram que uma mudança do posicionamento do nosso planeta fará parar o aquecimento global, aumentará as horas do dia e criará um clima mais homogéneo!!!
Foi publicado um relatório que diz que para que a órbita da Terra seja desviada é necessária a força de um salto humano combinado. Existe uma estimativa que aponta para a necessidade de o salto conjunto ser efectuado, no mínimo, por 600 milhões de pessoas no hemisfério ocidental.
Como resultado deste salto humano, e tendo em conta as dimensões do planeta, um pequeno desvio reduzirá o aquecimento global para um mínimo...




… e nivelará o clima global para uma temperatura média mais habitável, obtendo-se um contributo positivo para as regiões com climas mais extremos.



Dá para acreditar?…

quarta-feira, 15 de junho de 2005

Grupos de extrema-direita já saem do armário

Circula na internet uma convocatória para este Sábado em Lisboa um protesto contra o aumento da criminalidade e insegurança.
Haverá uma marcha a partir das 14 horas que irá desde o Martim Moniz até ao Rossio.
Note-se que o pedido para autorização de uma concentração tem de ser pedido ao respectivo Governo Civil até 2 dias antes da data da manifestação.
Por enquanto, tal ainda não aconteceu mas já se diz que se tal não for aceite, o programa será apenas alterado.
Eu não tinha dito que isto ia acabar por acontecer?
Vamos tentar não combater os problemas com soluções fáceis do passado...
Dia 18 promete ser escaldante.




terça-feira, 14 de junho de 2005

Couch Surfing

Agora que se aproxima o Verão, há que decidir onde passar as férias.
Para quem não tenha muitos recursos financeiros e goste de partir à aventura, a solução pode estar à distância de um click em http://www.couchsurfing.com/
Por exemplo, se me apetecer ir a Paris, basta procurar alguém que aí tenha uma residência e que esteja disposto a receber-me. Poupa-se em hotéis e em visitadas guiadas pagas.
O inverso pode também acontecer, ou seja, uma pessoa de qualquer parte do mundo pode-nos contactar no sentido de poder ficar uns dias lá em casa.
Não existe, porém, a obrigação de acolher a pessoa. Mesmo que já esteja tudo tratado para receber a visita em questão, nada impede que à última da hora se desmarque tudo.
Pode acontecer que essa pessoa não seja tal e qual se imaginava quando travaram conhecimento pela net.
Modernices...

sábado, 11 de junho de 2005

Insegurança chega às praias

Tenho na memória a imagem de turistas a serem barbaramente assaltados por meninos das favelas, em plena luz do dia e à vista de todos, na Praia de Copacabana no Rio de Janeiro.
Pensei, na altura, ainda bem que isto não acontece, pelo menos daquela forma, em Portugal.
Pois foi precisamente no dia de Portugal que tal certeza se desfez.
Cerca de 500 (ou mais!) jovens “portugueses” de origem africana, provenientes dos bairros de risco da Amadora, inundaram a Praia de Carcavelos.
Infelizmente não foi para tomarem banhos de sol...
Será este um caso isolado?
Pela excelente organização demonstrada creio que outras situações do género poderão ocorrer...
Se tal se vier a repetir com alguma frequência, vai haver muito descontentamento social e quem ganha com isso são os partidos de extrema-direita nacionalistas, xenófobos e racistas.
Vamos querer combater a realidade de hoje com as práticas do passado?...


sexta-feira, 10 de junho de 2005

Liverpool na Liga dos Campeões

É finalmente feita justiça e, na próxima época, a equipa campeã da Europa vai poder ter a possibilidade de defender o título alcançado esta época.
Recorde-se que tanto a 5ª posição alcançada na Primiership como a possibilidade do campeão europeu de clubes poder defender o seu título não estar contemplada nos regulamentos impossibilitavam o Liverpool de ter um lugar na Liga dos Campeões da próxima época.
Hoje o Comité da UEFA decidiu-se pela participação do Liverpool na Liga milionária da próxima época.
E como o Liverpool entra imagine-se quem sai prejudicado por esta situação...
Pois é o F.C. Porto, campeão europeu de clubes da época passada, que assim passará do pote dos principais cabeças-de-série para o 2º pote.
Lá está um caso de como a justiça para uns se pode tornar numa injustiça para outros!


quarta-feira, 8 de junho de 2005

Inferno... à vista

Não é preciso ser adivinho para me aperceber que este Verão vai ser novamente negro.
Disse Verão?
Perdão... ainda estamos na Primavera mas as nossas florestas já estão a ser fustigadas pelas implacáveis chamas que, ano após ano, teimam em destruir o pouco verde que ainda existe.
Pouco porque graças à situação actual de seca extrema que o nosso país vive, o verde tem este ano uma cor acizentada.
Se a prevenção e o eficaz combate ao incêndio não forem imediatamente acautelados, depressa o país ganha outra cor: o preto.
Espero que no final deste inferno não tenhamos (novamente) de “aprender” com os erros cometidos.
Basta de brincar com o fogo!


terça-feira, 7 de junho de 2005

Caso Campos e Cunha

Sou um bocado suspeito ao falar deste Senhor que foi reitor da minha faculdade.
No entanto, face aos acontecimentos gerados na comunicação social, não poderia deixar passar este caso.
A situação é a seguinte: um ministro que nos tenta passar a moralidade ao anunciar medidas de austeridade com vista a sanear as contas públicas deste nosso pobre Portugal.
Diz-se que é imoral que o ministro das Finanças aufira, juntamente com o salário de ministro, uma pensão milionária.
Mas vamos por partes.
Essa pensão é-lhe por direito concedida pelo trabalho prestado como Vice-Governador do Banco de Portugal, tendo aí exercido funções 5/6 anos.
É imoral que ao fim de 5/6 anos de trabalho uma pessoa tenha direito a uma pensão... e, ainda para mais, milionária?
À luz da lei não é.
Não é, portanto, o ministro que é imoral, mas sim a lei que permite que situações desta ocorram.
É uma lei imoral aos olhos dos cidadãos que têm de trabalhar até aos 65 anos ou ter 36 anos de serviço e no fim receber pensões de miséria.
Mas é imoral que o ministro apesar de estar a exercer funções e a receber um salário acumule também o recebimento de uma pensão?
Agora podemos virar o tabuleiro ao contrário. O que seria de muitos pensionistas se à sua miserável pensão não a complementassem com os chamados “biscates”?
Estaremos a tapar o sol com a peneira... ou estaremos todos com inveja?
A situação parece de facto imoral, mas é legal!
O ministro está dentro da lei, portanto se existe imoralidade ela reside na lei e não na pessoa do Sr. Ministro que apenas se limita a cumprir a lei.
Mas então as leis são imorais?
Que país é este que aprova leis imorais?
Alguém se importou quando foi aprovada?
Estaríamos todos viciados pelo fumo da sociedade que só agora que estamos a tossir compulsivamente e com os pés para a cova nos apercebemos que há imoralidade na nossa sociedade?
Parece-me que esta sociedade necessita de um bode expiatório para descarregar toda a sua frustração e indignação pelos sucessivos anos de desgoverno da nossa jovem democracia, que em vez de se fortalecer parece dar cada vez mais pontos ao fascismo!

segunda-feira, 6 de junho de 2005

Inauguração d' O Cantinho do Smoke

Bem-vindo(a) a este blog.
Quando pensei em iniciar a minha actividade de bloguista deparei-me com várias dúvidas e incertezas...
Serei capaz de manter um blog com assuntos interessantes?
Serei capaz de ser original?
Serei capaz de cativar outros a discutir os temas propostos?
Será que estou a dar um passo maior que a perna?
Após muitas outras dúvidas deparei-me com outra crucial... que nome dar ao blog!
Pensei, pensei, pensei...
Até que me surgiu uma visão da minha adolescência em que me deparava com uma situação muito interessante que caracterizei como “o cantinho do smoke”.
Mas o que era realmente o cantinho do smoke?
Na minha escola havia 4 pavilhões, e era atrás de um desses pavilhões que jovens da minha idade (e mais novos ainda) puxavam de um cigarro e aí cometiam, a meu ver, talvez o maior erro das suas vidas com a cumplicidade de uma escola que em vez de educar deseducava.
E o péssimo exemplo surgia... da sala dos professores.
Era hábito espreitar para dentro dessa sala através das janelas na esperança de não encontrar o professor que ia dar aula.
A certa altura apercebi-me de uma sinal de proibição de fumar que se encontrava no interior dessa mesma sala e que era escandalosamente visível.
No entanto, não havia sinal que demovesse essa classe, que deveria ser nobre e de exemplo para os seus educandos.
Tal como nessa altura, actualmente vemos muitas situações dúbias a que tendencialmente nos calamos e fingimos que não acontece, tornando-nos cúmplices por omissão.
No entanto, à medida que se vai ganhando poder e uma maior consciencialização dos problemas da sociedade, pergunto-me a mim próprio... porque não agitar a sociedade tocando com o dedo na ferida mas ao mesmo tempo desinfectando essa mesma ferida para que sare depressa e bem?
Mas, de que vale sarar uma ferida que constantemente se abre e que raramente tem tempo de sarar?
Porque nos misturamos no fumo da sociedade em vez de procurar o ar limpo que (ainda) existe?
Porque se valoriza o mau em detrimento do bom?
Porque se contenta com o bom quando o óptimo está mesmo ao lado?
Porque se critica a sociedade e um metro depois já nos juntamos ao seu fumo?
Diz-se que é fácil criticar, mas o que é criticar?...
É dizer mal nas costas e na frente dar o maior dos elogios?
É ser mal para os outros mas não se aplicar a si ou aos seus próximos?
Seremos nós os moralistas da sociedade e os outros os antros dessa mesma sociedade?
Este blog tentará ser ambicioso e não procurará fazer a crítica fácil.
O objectivo deste blog será o de eliminar os cantinhos do smoke que existem não só em Portugal mas por todo o mundo.
Seja bem-vindo(a) ao Cantinho do Smoke.