quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

Pegar ou Largar

Fui ontem, na pele de concorrente, às gravações do novo concurso da SIC apresentado pelo Rui Unas.
Foi uma autêntica maratona.
O ponto de encontro era no Campo Grande às 18h45 para partir às 19h. Demorei mais tempo a sair pois só consegui entrar no quarto autocarro.
Entretanto, e como não sabia bem como ia ser o lanche que nos iam reservar, decidi ir comer ao chinês.
O azar de dar com a cara na porta do restaurante às 18h depressa se tornou em sorte quando, na volta, demos de cara com um grupo de chineses. De imediato soltou-se a pergunta: “São do restaurante? Vão abrir?”. Ao que responderam afirmativamente. Sorte das sortes!
Já jantados dirigimo-nos ao tal ponto de encontro.
As gravações eram nos estúdios da Valentim de Carvalho e à nossa espera estava uma tenda onde se fazia o “check-in” e nos era dado um kit com uma sande de paio e queijo, um bolo de arroz, um sumo de ananás e uma garrafa de água. Além disso ainda serviam uma sopa enorme.
Obviamente não comi nada. Mas ficou guardado para quando a fome apertasse.
Entretanto sentámo-nos por sectores, tal e qual como íamos estar no concurso.
Ao meu lado estava um repetente. Aconselhou-me a responder às questões apenas depois da música começar a tocar e lamentou-se de ter sido eliminado logo na primeira fase, apesar de ter acertado a todas as questões.
Mais tarde saímos da tenda e dirigimo-nos para dentro do estúdio onde nos sentámos no lugar respectivo, apesar de alguma polémica gerada entre a minha acompanhante e outras duas que tinham a certeza de estarem correctamente sentadas.
Resolvida essa pequena questão foi altura de entrar em cena o animador: o “Bétão”!
Esta personagem tinha como objectivo entreter-nos e que entretenimento que foi... com cada anedota mais picante que a outra. Diziam atrás de mim: “da outra vez foi mais soft mas hoje está a descambar”. E realmente estava.
Aproxima-se o início das filmagens e são dadas as explicações finais.
O Unas aparece e dá as boas vindas a todos, sendo-lhe retribuída uma ovação de pé.
Começam as gravações.
Corta! Corta! Corta!
Já começava bem!
Diziam atrás de mim após o terceiro corte que “na semana passada tinham repetido mais de dez vezes” aquela parte da entrada das 26 meninas com as malas.
Pensei logo que não ia estar no Campo Grande à 1h da manhã tal como me tinham dito.
Mas logo de seguida tudo correu bem e avançou a gravação.
Eram 156 concorrente divididos por duas bancadas com 78 cada, que ainda se dividia em 3 sectores de 26 concorrentes. Eu fiquei na bancada vermelha no sector 3, lugar 18C.
Começam as perguntas. Mesmo que não soubesse a resposta tinha um sujeito atrás de mim que gritava “é A... A!! A!!!!!”, que era acompanhante e que dizia que numa sessão anterior tinha ficado nos últimos 26 concorrentes e que por isso já não podia concorrer mais.
Após as seis perguntas da primeira fase a minha bancada passou à fase seguinte sem nunca ter ficado atrás da bancada azul.
Na segunda fase fizeram-se novamente 6 questões. Todas as bancadas estiveram na liderança mas foi o sector 2 que passou à final.
As minha hipóteses acabaram aí....
Até ao final ainda houve vários cortes e problemas técnicos. A título de exemplo, tiveram de repetir uma parte porque aparecia por detrás do Unas uma senhora a assoar-se com um lenço de papel branco. Outro exemplo passou-se na fase do frente a frente, em que após a pergunta, a luz vermelha não passou a verde para os concorrentes poderem carregar no botão para responder.
Na final, a concorrente levou 15 mil euros para casa. Na altura pareceu precipitado mas revelou-se uma decisão acertadíssima.
Finalmente acabam as gravações e corro para fora do estúdio para sair logo no primeiro autocarro, que chegou ao Campo Grande pouco antes da 1h. Ainda bem que a concorrente finalista não prossegui no jogo senão ainda lá estávamos, pensei eu.
Enfim, foi uma noite diferente e que se pode repetir uma vez que tenho a possibilidade de voltar a concorrer.

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